sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eleição 2010


Votar bem: Orientação dos bispos aos fiéis católicos

Os Bispos Católicos do Regional Sul 1, da CNBB (Estado de São Paulo), no cumprimento de sua missão pastoral, oferecem as seguintes orientações aos seus fiéis para a participação consciente e responsável no processo político-eleitoral deste ano:

1. O poder político emana do povo. Votar é um exercício importante de cidadania; por isso, não deixe de participar das eleições e de exercer bem este poder. Lembre-se de que seu voto contribui para definir a vida política do País e do nosso Estado.
2. O exercício do poder é um serviço ao povo. Verifique se os candidatos estão comprometidos com as grandes questões que requerem ações decididas dos governantes e legisladores: a superação da pobreza, a promoção de uma economia voltada para a criação de postos de trabalho e melhor distribuição da renda, educação de qualidade para todos, saúde, moradia, saneamento básico, respeito à vida e defesa do meio ambiente.
3. Governar é promover o bem comum. Veja se os candidatos e seus partidos estão comprometidos com a justiça e a solidariedade social, a segurança pública, a superação da violência, a justiça no campo, a dignidade da pessoa, os direitos humanos, a cultura da paz e o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até à morte natural. São valores fundamentais irrenunciáveis para o convívio social. Isso também supõe o reconhecimento à legítima posse de bens e à dimensão social da propriedade.
4. O bom governante governa para todos. Observe se os candidatos representam apenas o interesse de um grupo específico ou se pretendem promover políticas que beneficiem a sociedade como um todo, levando em conta, especialmente, as camadas sociais mais frágeis e necessitadas da atenção do Poder público.
5. O homem público deve ter idoneidade moral. Dê seu voto apenas a candidatos com “ficha limpa”, dignos de confiança, capazes de governar com prudência e equidade e de fazer leis boas e justas para o convívio social.
6. Voto não é mercadoria. Fique atento à prática da corrupção eleitoral, ao abuso do poder econômico, à compra de votos e ao uso indevido da máquina administrativa na campanha eleitoral. Fatos como esses devem ser denunciados imediatamente, com testemunhas, às autoridades competentes. Questione também se os candidatos estão dispostos a administrar ou legislar de forma transparente, aceitando mecanismos de controle por parte da sociedade. Candidatos com um histórico de corrupção ou má gestão dos recursos públicos não devem receber nosso apoio nas eleições.
7. Voto consciente não é troca de favores, mas uma escolha livre. Procure conhecer os candidatos, sua história pessoal, suas ideias e as propostas defendidas por eles e os partidos aos quais estão filiados. Vote em candidatos que representem e defendam, depois de eleitos, as convicções que você também defende.
8. A religião pertence à identidade de um povo. Vote em candidatos que respeitem a liberdade de consciência, as convicções religiosas dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação de sua fé.
9. A família é um patrimônio da humanidade e um bem insubstituível para a pessoa. Ajude a promover, com seu voto, a proteção da família contra todas as ameaças à sua missão e identidade natural. A sociedade que descuida da família destrói as próprias bases.
10. Votar é importante, mas ainda não é tudo. Acompanhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas e administrativas dos governantes e parlamentares, para cobrar deles a coerência para com as promessas de campanha e apoiar as decisões acertadas.
Aparecida, 29 de junho de 2010.
Dom Nelson Westrupp, SCJ
Presidente do CONSER
Dom Benedito Beni dos Santos
Vice-Presidente
Dom Airton José dos Santos
Secretário-Geral

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O que eu vou fazer quando crescer?

O que eu vou fazer quando crescer?

A melhor escolha na vocação é a que nos faz felizes
Quantos de nós não crescemos ouvindo a expressão: "O que você vai ser quando crescer?". A pergunta que para muitos vem imediatamente com a resposta: "O mesmo que o meu pai" ou "O mesmo que minha mãe". que o tio, etc., para muitos é uma dúvida que os acompanha por um bom tempo da vida.

Faculdade, estudo, trabalho, ser isso ou aquilo: preocupações diretamente ligadas às expectativas do outro a meu respeito, àquilo que eu representarei na sociedade, na família, para o grupo de amigos.

Ser bem-sucedido ou ser feliz, ser rico ou fazer o que gosta. Geralmente, se associa prazer com atividades que nem sempre dão o retorno financeiro esperado. Daí cabe uma grande questão: "O que eu quero para mim?" "O que significa ser bem-sucedido para mim? Ter dinheiro? Ser gerente? Ser um cozinheiro muito realizado? Ser educador?"

Costumo dizer que a melhor escolha na vocação é aquela que nos faz felizes, que é compatível com nossas possibilidades e que nos gera sustento, pois, de nada adianta ser muito bem-sucedido financeiramente e ser infeliz. Mas, ao mesmo tempo, é muito complicado buscar sem encontrar seu lugar de satisfação.

Outro fator importante é que somos, atualmente, muito críticos com as possibilidades e com nossas escolhas. É natural ao ser humano a busca constante de condições melhores de vida, mas, até onde isso é sadio? Já pensou que pode estar perdendo oportunidades por deixar de observar aquilo que está ao seu redor?

Posso iniciar uma profissão ganhando pouco, mas numa empresa que valoriza o que faço e o que sou e, por essa razão, buscar chances de crescimento. Posso abrir uma empresa para administrar, mas se não tive experiências de trabalho como saber se esta é a melhor escolha? Trabalhar e ser comandado gera uma grande experiência em todas as áreas profissionais.

Outro aspecto importante, ao pensarmos em carreira e estudos, é que, atualmente, o mercado de tecnologia está bastante aquecido. Faculdades que oferecem a formação de tecnólogo em nível superior estão bastante solicitadas e há muitas empresas com grande necessidade de contratar tanto os tecnólogos quanto os técnicos de nível médio. Ou seja, nem sempre fazer uma faculdade de direito ou medicina é garantia de sucesso.

O bom discernimento vocacional se faz observando aquilo que nós gostaríamos de fazer, aquilo para o qual temos habilidade de fazer e a demanda de profissionais para aquela área e nossas possibilidades pessoais e financeiras para buscar determinada formação.

Acrescento, ainda, que para um bom discernimento é muito importante que façamos o exercício do autoconhecimento, da percepção dos talentos pessoais, das habilidades, das limitações e nossos alvos. Tudo isso, somado a um plano de vida com nossas metas pessoais e profissionais deve ser levado em consideração, para saber o que temos hoje e aonde gostaríamos de chegar e os esforços que deverão ser feitos para que tais metas sejam atingidas.

É importante ressaltar a responsabilidade que deve se fazer presente no momento da escolha, ou seja, é um momento em que cada um deve assumir de forma consciente a construção de um projeto de vida próprio. O objetivo não é necessariamente uma escolha para o resto da vida, mas a possibilidade de realizar escolhas conscientes que sejam coerentes com um modo de ser particular, visando a realização pessoal e profissional.

Lembro, também, que para escolher o caminho a ser seguido é importante conhecer as características e as exigências da vocação, seja qual ela for, profissional, religiosa, de discernimento de estado de vida. Para saber um pouco mais sobre o assunto acesse o link sobre as características de uma vocação.

É essencial que possamos não apenas escolher, mas aprender a escolher, olhando este processo como algo que está enraizado na história de vida de cada pessoa, e nesse sentido, realmente, não importa a escolha, mas a maneira como esta é realizada, quais os critérios estabeleço para que ela aconteça, como julgar o que é melhor para mim, em cada momento da minha existência, visto que escolhemos o tempo todo, enquanto existirmos.

Foto Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Elaine Ribeiro, colaboradora da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia Clínica e Pós-Graduada em Gestão de Pessoas. Site: http://temasempsicologia.wordpress.com
06/08/2010 - 08h20
 

Homenagem ao Dia dos Pais

Homenagem ao Dia dos Pais

Feliz de nós que temos um pai como você!
Não foram poucas as vezes em que ouvimos sua voz mais enérgica num momento em que a preocupação de nossos dias era a de nos ocuparmos apenas com as brincadeiras de rua.

Naquele tempo, nós não conseguíamos fazer uma leitura do mundo sobre a real necessidade de aprender a obedecer às regras. Noutros tempos, já um pouco mais velhos, mas ainda imaturos, não conseguíamos contornar as dificuldades da vida com a mesma sabedoria que você podia fazê-lo.

Hoje, podemos entender as razões pelas quais, muitas vezes e da sua maneira, estabelecia a ordem.
Sem as suas mãos que nos guiavam não seríamos formados para lutar pelos nossos sonhos ou enfrentar os obstáculos que, em cada etapa, a vida nos desafia.

Sem levar em consideração que deixamos de ser crianças há muito tempo, você ainda nos olha com o mesmo cuidado que se tem com uma.

Feliz de nós que temos um pai como você!
Foto Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista.
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
08/08/2010 - 00h00

A Santa Missa é muito mais que uma reunião fraterna

A Santa Missa é muito mais que uma reunião fraterna

Quando a Liturgia se corrompe, a vida cristã corre perigo
 
Quando a Liturgia se corrompe, toda a vida cristã corre perigo de se corromper.
A Liturgia é a oração oficial da Igreja, do povo de Deus, do Corpo Místico de Cristo.
Nela [Liturgia], é o próprio Jesus, junto com todos os que estão unidos a Ele pelos laços da fé, do batismo e do Espírito Santo, que se apresenta ao Pai em sacrifício de salvação do mundo inteiro; que ora ao Pai, que lhe oferece louvor, adoração, agradecimento, pedido de perdão, pedido de ajuda…

O centro da Liturgia é JESUS. Ela não é – não pode ser! – propriedade particular de nenhum celebrante, de nenhuma comunidade, de nenhum grupo de fiéis, de ninguém: cabe à Igreja – e só à Igreja – organizá-la, modificá-la, aperfeiçoá-la. Infelizmente, em nome de uma criatividade mal entendida (e de um Concílio Vaticano II mal interpretado), a Liturgia tem sido, muitas vezes, manipulada a bel-prazer.
Indo muito além da liberdade de ação que ela própria permite, tem-se visto de tudo em algumas celebrações litúrgicas.

O fato é que quando as pessoas se permitem certas liberdades no campo da Liturgia, violando suas normas e seus limites, as mesmas atitudes, aos poucos, vão sendo permitidas em outros campos da vida cristã, ou seja, na moral, nos mandamentos, na doutrina e por aí afora. Dessa forma, tudo fica relativo, isto é, tudo depende do ponto de vista de cada um e cada um faz “do jeito que gosta”. Corrompida a Liturgia, corrompe-se também a vida cristã e eclesial.

Sem entrar em detalhes, a Liturgia – sempre! – deve pôr em seu centro JESUS, Sua Vida, Sua Palavra, Sua morte, Sua Ressurreição, Sua Presença no meio de nós. Nesse sentido, não é a comunidade o centro da Liturgia, menos ainda o celebrante. A comunidade e o celebrante se reúnem em torno do Senhor.
É a Ele que deve ser orientada a participação da comunidade e a ação do celebrante, e este deve ter a consciência e a humildade de não pretender ser o centro das atenções; deve rejeitar todo tipo de exibicionismo. Pelo contrário, a fé e a devoção do celebrante devem dar o tom da celebração.

A comunidade precisa ser informada e formada para que sua participação não se torne um “festival”, no qual há muita “alegria e participação”, mas onde falta o silêncio, a concentração, a atenção à Palavra de Deus, o respeito pelo Corpo e Sangue de Cristo. Sobre este ponto, no dia 15 de abril de 2010, ao receber em audiência os bispos do Regional Norte 2 da CNBB, o Papa Bento XVI dirigiu-lhes palavras muito oportunas.

É bom que você conheça as passagens principais e compreenda sua importância para que uma Celebração Eucarística seja autêntica.

– “Sinto que o centro e a fonte permanente do ministério do Papa estão na Eucaristia, coração da vida cristã, fonte e vértice da missão evangelizadora da Igreja. Podeis assim compreender a preocupação do Sucessor de Pedro por tudo o que possa ofuscar o ponto mais original da fé católica: hoje Jesus Cristo continua vivo e realmente presente na hóstia e no cálice consagrados. Uma menor atenção que por vezes é prestada ao culto do Santíssimo Sacramento é indício e causa de escurecimento do sentido cristão do mistério, como sucede quando na Santa Missa já não aparece como proeminente e operante Jesus, mas uma comunidade atarefada com muitas coisas em vez de estar recolhida e deixar-se atrair para o Único necessário: o seu Senhor”.

– “Ora, a atitude primária e essencial do fiel cristão que participa na celebração litúrgica não é fazer, mas escutar, abrir-se, receber… É óbvio que, neste caso, receber não significa ficar passivo ou desinteressar-se do que lá acontece, mas cooperar – porque tornados capazes de o fazer pela graça de Deus – segundo «a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos» (Const. Sacrosanctum Concilium, 2)”.

– “Se na liturgia não emergisse a figura de Cristo, que está no seu princípio e está realmente presente para a tornar válida, já não teríamos a liturgia cristã, toda dependente do Senhor e toda suspensa da sua presença criadora. Como estão distantes de tudo isto quantos, em nome da inculturação, decaem no sincretismo introduzindo ritos tomados de outras religiões ou particularismos culturais na celebração da Santa Missa (cf. Redemptionis Sacramentum, 79)”!

– “O mistério eucarístico é um «dom demasiado grande – escrevia o meu venerável predecessor o Papa João Paulo II – para suportar ambiguidades e reduções», particularmente quando, «despojado do seu valor sacrificial, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesa» (Enc. Ecclesia de Eucharistia, 10).

– “O culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia supõe que Deus responda e nos mostre como podemos adorá-Lo. «A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na Eucaristia, precisamente porque o próprio Cristo Se deu primeiro a ela no sacrifício da Cruz» (Exort. ap. Sacramentum caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem como razão de ser e existir ampliar esta presença ao mundo inteiro”.

Até aqui foram as palavras de Bento XVI. Reflita um pouco sobre elas. Pelo que depender de você, ponha no centro da Liturgia, em particular da Eucaristia, o próprio Jesus e, junto com sua comunidade, volte-se para Ele e permita que Ele tome conta de sua vida. Não faça da Liturgia um laboratório de experiências, que só na aparência seriam pastorais…

Respeite a Liturgia tal como a Igreja propõe: respeitar a Liturgia, em particular a Eucaristia, é respeitar a oração do próprio Jesus.

Faça da Eucaristia, celebrada e participada com fé, devoção e respeito, como o “fogo da lareira” que aquece toda a sua vida de discípulo/a de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sem Eucaristia, o mundo iria de mal a pior, pois a Eucaristia é Jesus. E Jesus é o único que pode salvar o mundo.
Dom Hilário Moser, SDB (*)
extraído de http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/
22/07/2010 - 08h25

O amor se mede pelos resultados?

O amor se mede pelos resultados?

O amor é uma verdade que realiza o homem
 
Vivemos em um tempo em que a sociedade é extremamente utilitarista, e em virtude disso, somos constantemente tentados a acreditar que bom e digno de ser amado é somente aquele que corresponde, com resultados, àquilo que desejamos.

O amor é uma doação, é um gastar-se gratuitamente pelo bem do outro, e, a partir do momento em que se ama esperando algum resultado ou retorno, o princípio do amor é traído e este se torna inautêntico.

Amar é acreditar em alguém mesmo quando este não corresponde. É enxergar o que há de bom naquele que está imerso no mal. É ir além. Enfim, amar é seguir o exemplo da cruz. Jesus, mesmo ao ser crucificado, amou, perdoou e se entregou por amor aos homens. Porém, a doação da cruz não foi uma troca; Cristo não morreu por nós impondo como condição para isso nosso seguimento à vontade d’Ele; ao contrário, Ele primeiro se doou, e depois, propôs: “Vem, e segue-me”.

É proposta e não imposição. É um convite impresso na liberdade humana, e não uma exigência de retorno e resultados. O verdadeiro amor é entrega que não impõe condições, e, muitas vezes, é sacrifício.

Tal ideal não é fácil de ser vivenciado. Principalmente, em um mundo que nos leva a crer que somente aquilo que nos dá prazer e satisfação precisa ser buscado e desejado. Somente o que satisfaça às nossas vontades e nos traga algum conforto. O que é uma imensa inverdade.

Amar da maneira de Jesus é heroísmo, e acima de tudo, é uma decisão. Porém, não existe outra maneira: para amar de verdade é preciso olhar para a cruz.

Há muitos que dizem que amam alguém por este lhe fazer bem ou por lhe proporcionar algum prazer, mas, se essa interação for sustentada somente por isso, tais pessoas correm o risco de “se amarem” no outro, em vez de amá-lo sinceramente.

Mesmo diante de todas as dificuldades que comporta o amar, não existe outra força maior e com mais capacidade para transformar o ser humano que o amor.

O que atraiu e continua atraindo milhares de pessoas a Jesus é sua livre e total doação, que se resume no mais puro e concreto amor. É este sentimento que dá força e sentido para que o homem enfrente as lutas e dores próprias de sua condição.

O amor é uma verdade constante que potencializa e realiza o homem. Por este, vale a pena lutar, esperar e suportar as consequências dele, pois, “é perdendo que se ganha”, “é dando que se recebe”, “é morrendo que se vive…”, e quem ama sempre vence!
Foto Adriano Zandoná
verso.zandona@gmail.com
Adriano Zandoná Seminarista e Missionário da Comunidade Canção Nova. Reside na Missão de Cachoeira Paulista. É formado em Filosofia e em Teologia, e está preparando-se para a Ordenação Diaconal. Atualmente trabalha na Rádio Canção Nova, onde apresenta o programa “Viver Bem”. Acesse: blog.cancaonova.com/adrianozandona e acompanhe outros artigos do autor.
30/07/2010 - 08h10

Esperar faz parte da vida

Esperar faz parte da vida

Viver as demoras de Deus
 
Neste vídeo, Márcio Mendes nos fala sobre certas realidades que não gostaríamos de viver.
Muitas vezes, esperamos por coisas que gostaríamos de possuir, mas enquanto esperamos sofremos pela possibilidade de não alcançar o almejado. Nossas dificuldades sempre existirão, mesmo quando nos dedicamos ao serviço do Senhor; as adversidades não irão desaparecer. Nesse novo tempo, nós vamos aprender a viver essas demoras em nossa vida.

Aprendamos, então, a viver as demoras de Deus em nossos dias.













Foto Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".
27/07/2010 - 00h00

ORAÇÃO DO JOVEM

Ó Cristo Jesus,
Tu foste jovem como eu.
Soubeste como ninguém
viver os anos mais belos da Tua vida.
Deste-me exemplo de uma juventude
sem sombras nem pesadelos.
Conheces o meu coração
e as minhas aspirações.
Conheces também as minhas ansiedades
e sabes como é difícil ser jovem hoje.
Ensina-me a ser jovem.
Dá-me um coração bom e puro,
manso e humilde como o Teu.
Purifica os meus pensamentos e desejos,
os meus olhares, palavras e acções.
Põe no meu coração
os Teus sentimentos de amor,
de entusiasmo e de disponibilidade
para realizar a vontade do Pai.
Torna-me capaz de anunciar
a Verdade, a Paz, o Amor
e de fazer de Ti o Coração do Mundo.
Quero, com a Tua ajuda,
testemunhar o Evangelho,
para que o mundo se torne mais belo
e os homens vivam como irmãos.
Amém!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Podcast CN

Podcast da Canção Nova - Namoro não é facil 

Podcast Canção Nova - Será que estou apaixonado?

É fácil seguir Jesus? Somos humanos e passíveis de erros e imperfeições

A Santa Eucaristia é a celebração do serviço de Nosso Senhor Jesus Cristo pela humanidade.

O início da narrativa do Evangelho do décimo terceiro domingo do Tempo Comum é uma introdução solene da viagem de Jesus a Jerusalém. É o começo de Sua volta ao Pai e Ele apresenta Suas condições para quem quer segui-Lo. Mas não é tão fácil e simples seguir esse Jesus, que pôs o pé na estrada. Dois discípulos precisam ser "exorcizados” quanto ao preconceito racial e à intolerância religiosa. Outros são provocados a abandonar segurança, a rever prioridades e a romper laços familiares para pertencer a uma família que não se constitui a partir dos laços de sangue.

As palavras de Jesus neste Evangelho são dirigidas a todos os cristãos. Ele exige tudo de todos para sermos cristãos. Não podemos nos apegar nem mesmo à nossa alma, que é uma de nossas posses; devemos nos desapegar de tudo e seguir Cristo. Desde que dirijamos nossa vida para Deus, não devemos nos perturbar. É preciso vencer os prazeres carnais e conduzir nossa vida da melhor maneira, abandonando todo o restante para Aquele que tem o poder de fazer tudo o que quiser.

O Senhor nos conhece. Ele sabe que não nos transformamos de uma hora para outra. Mas o nosso objetivo deve ser ir nos aperfeiçoando até chegar ao ideal cristão. Não é fácil, mas é possível. Só depende de nos tornarmos cristãos autênticos. E, justamente porque não é fácil, é que é importante, valioso.

Somos humanos e passíveis de erros e imperfeições, mas também somos divinos, porque fomos criados à imagem e semelhança de um Deus uno e trino, que fez o Cristo se tornar humano entre nós a fim de que aprendêssemos a assumir a divindade em nosso interior.




Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG)

A beleza da amizade Amigo autêntico educa pela palavra e pelo exemplo

No conturbado mundo de hoje a ausência da verdadeira amizade é uma das causas de inúmeros males. É este laço sagrado que une os corações. Quirógrafo das almas nobres, é a afeição que fundamenta o lídimo amor, sendo este a própria amizade em maior intensidade.

Desde a mais remota Antiguidade o homem se interrogou sobre a essência da amizade. Filosofou sobre este aspecto da interação humana. Podemos dizer que a amizade é uma certa comunidade ou participação solidária de várias pessoas em atitudes, valores ou bens determinados. É uma disposição ativa e empenhadora da pessoa.

O valor da amizade foi revelado pela Bíblia: "O amigo fiel não tem preço" (Sl 6,15), pois "ele ama em todo o tempo" (Pv 17,17. "O amigo fiel é uma forte proteção; quem o encontrou, deparou um tesouro" (Eclo 6,14). "O amigo fiel é um bálsamo de vida e de imortalidade, e os que temem o Senhor acharão um tal amigo" (Eclo 6,16).

A função psicossocial da amizade é, assim, de rara repercussão. Ela é fator de progresso, pois o amigo autêntico aperfeiçoa e educa pela palavra e pelo exemplo; é penhor de segurança, uma vez que o amigo leal é remédio para todas as angústias, dado que a amizade é força espiritual. Entretanto, há condições para que floresça a amizade.

Pode-se dizer que são seus ingredientes: a sinceridade, a confiança, a disponibilidade, a tolerância, a compreensão e a fidelidade. Saint-Exupéry afirmou em sua obra "O Pequeno Príncipe": "És eternamente responsável por aquilo que cativas".

Na plenitude dos tempos Jesus apresentou-se como legítimo amigo. Ele declarou: "Já não vos chamo servos, mas amigos" (Jo 15,15) e havia dito: "Ninguém dá maior prova de amor do que aquele que entrega a vida pelos amigos" (Jo 15,13). Rodeou-se de pessoas, as quais se repletaram dos eflúvios de Sua bondade. Felizes os que O conheceram, como Lázaro, Marta, Maria, Seus amigos de Betânia; os Doze Apóstolos; Nicodemos; Zaqueu; Dimas, o bom ladrão; e tantos outros. É, porém, preciso levar a amizade a sério.

A Bíblia assegura que "O amigo fiel é medicina da vida e da imortalidade" (Eclo 6,16). Disse, porém, Santo Agostinho: "A suspeita é o veneno da amizade". Bem pensou, porque a amizade finda onde a desconfiança começa. O amigo é luz que guia, é âncora em mar revolto, é arrimo a toda hora. Esparge raios de sol de alegria, derramando torrentes de clarões divinos. Dulcifica o pesar. Tudo isso merece ser pensado e repensado. É essencial, todavia, meditar também sobre o ensinamento bíblico: "Quem teme a Deus terá bons amigos, porque estes serão semelhantes a Ele" (Eclo 6,17).
Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho*
*Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

É namoro ou amizade? A espera sempre é o preço e a certeza da felicidade

Fazem parte do processo de amadurecimento humano as muitas dúvidas e as muitas perguntas que nos fazemos. Quando se trata de relacionamento, então, isso só aumenta. Ao conhecermos alguém e começarmos a nos aprofundar em uma amizade, chega um momento em que os sentimentos se confundem e a velha pergunta é feita no interior do nosso coração: "É namoro ou amizade?" O problema não está em se questionar, mas em querer obter respostas imediatas. Quem não espera o tempo certo da resposta e se precipita, não só corre o risco de perder uma boa amizade como também pode colocar a possibilidade de um bom namoro a perder.

Quando se trata de sentimento, as confusões interiores são naturais. Nosso coração, muitas vezes, é território desconhecido e surpreendente. A cada nova experiência ele age de maneira inusitada, nos desconcertando e nos deixando sem saber como agir. Não há uma regra no que se refere a sentimento e a relacionamentos, só a prudência no parar, esperar, observar para depois agir.

Toda amizade passa por fases de maturidade, as quais vão se desenrolando à medida que nos aproximamos da outra pessoa. Dentre essas fases, uma delas é conhecida pelas pessoas mais requintadas como "enamoramento", mas nós preferimos chamá-la de "paixão", cuja definição mostra bem os sentimentos que são vividos nesse momento: sentimento forte; designa amor, atração, acentuada predileção, etc. Quando nos aproximamos de alguém, nos tornamos amigos – seja de um homem ou de uma mulher – existe aquele momento de querer estar sempre perto, de saber e participar da vida do outro, das suas lutas, dos seus desejos, de querer bem, de se importar com tudo o que ele vive, de cuidar, de amar de forma concreta. É justamente dessa fase, completamente espontânea em qualquer amizade, que nós estamos falando.

É nesse momento do relacionamento que a pergunta surge e começamos a nos questionar, o que é muito natural, principalmente quando diz respeito a uma amizade entre um homem e uma mulher. Mas se tentamos, já nesse estágio, dar respostas a esse questionamento podemos colocar tudo a perder. Isso acontece porque a paixão é comum tanto nas amizades, quanto nos relacionamentos amorosos, o que pode confundir o nosso coração. Mas então como discernir?

A primeira coisa é deixar esse tempo de intensas emoções passar. Deixar que o tempo seja o nosso melhor amigo e nos mostre a vontade de Deus para esse relacionamento. Só quando a poeira das emoções fortes abaixa é que conseguimos enxergar as coisas como realmente são. Depois disso vemos a pessoa como verdadeiramente ela é, sem impressões imediatistas, percebendo seus defeitos e reforçando as suas qualidades. É nesse momento que vamos parar, ponderar e, muito sinceramente, buscar em Deus uma resposta, para só então agir.

Quando não se vive esse processo de maneira tranquila e sadia, muitos problemas aparecem. Uma amizade que tinha tudo para dar certo, para fazer duas pessoas crescerem juntas, pode ser jogada no lixo pela pressa em responder aos questionamentos interiores. E, com isso, sempre alguém sai ferido por se sentir usado, por se desiludir com a outra pessoa e achar que tudo não passou de simples interesse.

Todo bom namoro começa com uma boa amizade. Mas nem toda boa amizade termina em um bom namoro. É preciso muita prudência, muita calma e paciência. Quem vive este tempo de forma madura acaba colhendo os melhores frutos do relacionamento. O namoro gerado pela amizade é sadio, sem ilusões ou precipitações, pois as pessoas lutaram para se conhecer antes de tomarem qualquer atitude. Por outro lado, se o relacionamento permanecer como uma boa amizade, o conhecimento adquirido e a maturidade alcançada pelos amigos vão gerar muito respeito, confiança e liberdade entre os dois. Em ambos os casos, a espera sempre é o preço e a certeza da felicidade.

Talvez você esteja com esse questionamento no seu coração. O relacionamento com alguém muito especial está levando você a se perguntar sobre a vontade de Deus para determinada amizade. Pare, espere, observe, reze e só então aja. Não queira se juntar ao grupo cada vez maior de pessoas frustradas em tantos relacionamentos, pois confundiram as coisas e trocaram os pés pelas mãos. Não se deixe levar pelo borbulhar de seus sentimentos, mas espere tudo se acalmar em seu interior para que você possa discernir bem a vontade de Deus e não colocar tudo a perder.

Entretanto, é bom lembrar que essa espera e esse discernimento precisam acontecer de ambas as partes. Ninguém ama sozinho nem convence o outro a amar. Por isso é preciso deixar passar a fase da paixão em ambos os corações, para então buscarem juntos – e em Deus – uma resposta coerente.

Quem em suas amizades soube viver tudo isso de forma serena e acertada, hoje pode testemunhar, pelos frutos, a realização plena da vontade de Deus. Por isso saiba esperar para depois responder a essa pergunta. Se é namoro ou amizade só o tempo vai responder, por isso, pague o preço da felicidade: espere!

Seu irmão,


Foto Renan Félix
renan@geracaophn.com
Seminarista da Comunidade Canção Nova, reside atualmente em Cachoeira Paulista (SP). Outros temas do autor: blog.cancaonova.com/renanfelix

sexta-feira, 2 de julho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Docs da Reunião

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http://rapidshare.com/files/393690206/resultado2.xls.html
http://rapidshare.com/files/393692631/Trabalhos_Pendentes_do_Grupo_de_Jovens.docx.html

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Download do Calendario 2010 e Contatos do Grupo de Jovem e outros

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http://rapidshare.com/files/381923859/Calend__rioImprimir.xls.html
http://rapidshare.com/files/381924088/resultado.xls.html

quinta-feira, 22 de abril de 2010

 Revolução Jesus - Soltando a Lingua Castidade
http://www.youtube.com/watch?v=jwi5ims3Hcw

Revolução Jesus - Soltando a Ligua Olhando O mundo
http://www.youtube.com/watch?v=WWQ-f36EfuQ

A ponte quebrou… e agora?


Muitas vezes eu vi ao meu redor várias pontes quebradas. De repente eu estava ali sem “conexão” com as pessoas que eu amo, as responsabilidades da vida, com o próprio Deus! Vi que certas pontes eu quebrei com meu orgulho, por não saber pedir perdão.
Outras eu quebrei pelas minhas grosserias. Outras se romperam ao longo do tempo porque eu não dei a manutenção que precisavam. Outras se romperam porque estavam velhas e em desuso. Credo!
Aos poucos, com a graça de Deus, eu fui reconstruindo. Mas, interessante, não precisei reconstruir todas, bastou reconstruir a ponte que me leva a Deus! A partir daí, todo o resto foi ganhando vida dentro de mim.
Deus mesmo foi se tornando o caminho que me une mais à minha família, a estrada onde cultivo as minhas amizades, o lugar onde me liberto do pecado. Que maravilha! Deus se tornou o sentido, a razão, a ponte, o tudo! Deus se tornou o essencial, o absoluto! Dele partem todas as coisas, e pra ele levo tudo o que vivo.
Existem pontes quebradas ao seu redor? Será que não está na hora de reconstruir a principal delas?
Hoje, mais que um clip legal da Banda Tenth Avenue North, você confere neste vídeo as palavras de um Deus que te espera!
“Por que você continua buscando como se eu não fosse suficiente?
Pra onde você vai, criança?
Conte-me para onde você vai correr
Para onde você vai correr?
E eu estarei ao seu lado
Onde quer que você caia
No meio da noite
Sempre que você chamar
E por favor não lute
Essas mãos estão te segurando
Minhas mãos estão te segurando”

Tirado de: http://blog.cancaonova.com/revolucaojesus/category/conexao/

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Arquivo de Apresentação da Grupo

Segue o link:
http://rapidshare.com/files/373539261/Grupo_de_Jovens_do_S__o_Benedito___2010.pdf.html
BOM DIA  PESSOAL !! :)
 
 
Estão todos Convidados para Domingo dia 11/04/2010. Ás 14h30min. A participarem da tarde especial do grupo de jovens do São Benedito. Que vai ser bem descontraída com musicas, Dinâmicas, e vários momentos de reflexão, é uma acolhida para os novos integrantes, e para aqueles que desejam participar desse momento apenas para saber como pode ser os encontros do grupo! E quem sabe assumir um sério compromisso com Deus.
  
Você vai ver que Deus tem uma orientação, para nós encontrarmos nossos caminhos dia após dia, apenas na fé, esperança e amor. Cristo chama cada um de vocês a se envolver com ele e assumir a responsabilidade de construir a civilização do amor. Se você seguir a sua palavra, também vai iluminar seu caminho e vai levar a objetivos maiores, que dão pleno sentido à vida e alegria.

Na Tarde de Domingo dia 11 de Abril, no salão de baixo da igreja esperamos dispostos a acolher todas as pessoas maravilhosas que farão parte da Família do Grupo de Jovens “São Benedito”.
(APÓS O ENCONTRO TODOS IREMOS PARA A MISSA QUE SERÁ ÀS 18h30min)
 
"GRUPO DE JOVENS SÃO BENEDITO "

sábado, 3 de abril de 2010

“Eu vos escrevi jovens, vencestes o Maligno. Eu vos escrevi jovens sois fortes,

a Palavra de Deus permanece em vós e vencestes o Maligno.”

(I Jo 2,13-14)

Jesus encontra um jovem

"Tendo [Jesus] saído para se pôr a caminho, - conta o Evangelho de São Marcos - veio alguém correndo e, dobrando os joelhos diante dele, suplicou-lhe: 'Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?'. Jesus disse-lhe: 'Por que me chamas bom? Só Deus é bom. Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe'. Ele respondeu-lhe: 'Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha mocidade'. Jesus fixou nele o olhar, amou-o e disse-lhe: 'Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me'. O jovem entristeceu-se com estas palavras e foi-se todo abatido, porque possuía muitos bens" (Mc 10, 17-22).

Esta história expressa de modo eficaz a grande atenção de Jesus pelos jovens, por vós, por vossas expectativas, vossas esperanças, e mostra o quão grande é o seu desejo de encontrar-vos pessoalmente e dialogar com cada um de vós. Cristo, de fato, interrompe seu caminho para responder à pergunta de seu interlocutor, manifestando plena disponibilidade para aquele jovem, que é movido por um ardente desejo de falar com o "Bom Mestre", para aprender d'Ele a percorrer a estrada da vida. Com esse trecho evangélico, o meu Predecessor desejava exortar cada um de vós a "desenvolver o próprio colóquio com Cristo, um colóquio que é de importância fundamental e essencial para um jovem" (Carta Apostólica aos jovens Dilecti Amici, n. 2).

http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=275774